terça-feira, agosto 31, 2010

Dormir direto? Nunca mais!

Desde que tomei conhecimento da minha gravidez, que amigos, conhecidos que já tinham filhos diziam: Aproveita para dormir agora, pq depois, você não dorme mais! Eu não dava muita idéia, dizia que estava tudo bem, eu sempre tive um sono muito leve, mas nunca gostei muito de dormir, ia pra cama as 2-3h da manhã, acordava as 8-9h, era assim a semana toda.


Arthur nasceu e, tudo o que eu mais queria, era dormir 6h seguidas! (rs) Acordar a cada 2 - 3h, estava acabando com a minha sanidade, estava parecendo um PANDA, de tanta olheira!

A primeira vez que ele dormiu 4h seguidas (21 às 1am), foi um sonho, nem acreditava, com o tempo foi passando pra 5, 6h e tem dias (raro) que ele dorme até 7h! 


Antes a mãe virginiana, paranóica e detalhista aqui, deixava uma folha de papel e caneta, e anotava os horários em que o rebento tinha acordado e ido dormir nas horas das mamadas, era mais ou menos assim: 22:10  -  23h / 03:30  -   04:00  / 08:15  - 9h  . Detalhe, que eu ainda carregava o papel e comentava com o marido (coitado), fiz isso por 1 semana e parei, já estava virando TOC (rs).





Agora o Arthur tem dormido entre 5 e 6h direto durante a noite, o que é um milagre! Essa noite ele foi dormir tarde, dormiu de 19 e pouca até 21:40 mais ou menos, acordou e só foi dormir novamente as 1 e pouca, eu já estava morta de cansaço, já tinha trocado, dado de mamar, cantado, dançado É O Tchan e nada do menino querer dormir, coloquei ele no berço e fui deitar, eu apaguei e pelo visto ele também, acordei às 8:20 com ele resmungando. Nossa, ele dormiu 7h direto? Aleluia, é um milagre, ou será que eu levantei no meio da noite, troquei fralda, amamentei e não lembro? Vai ver eu estou virando sonâmbula, e nessa altura do campeonato, eu ñ duvido de mais nada!
 


Os primeiros dias com o bebê

Sim, estou postando totalmente atrasada, Arthur já esta com um pouquinho mais de 1 mês, e agora é que eu venho falar dos PRIMEIROS DIAS, rs, mas o que vale, é a intenção né?

24 de Julho de 2010: 2 dias dps dele ter nascido, recebemos alta, saímos de casa sendo 2, voltamos sendo 3, éramos agora uma família, deixamos de ser filhos, para nos tornarmos: PAIS, isso me assustava (e ainda assusta um pouco). Chegando em casa, vim direto pro quarto, meu marido me ajudou a descer as escadas, colocou o Arthur no berço e foi comprar comida, jantamos era mais ou menos 18:30, era cedo, mas estávamos super cansados, quase não dormíamos no hospital. De hora em hora vinha enfermeira para verificar minha pressão e temperatura, de 3 em 3h, o Arthur vinha mamar, o que eu mais queria era a minha cama, silêncio e dormir tranquilamente (ou pelo menos tentar).

Meu leite ainda ñ tinha descido, o Arthur morria de fome, e para melhorar, só mamava no peito esquerdo, o bico logo baixou a  guarda e machucou, o direito era menor, ele ñ pegava por nada, com isso, no hospital mesmo acabei cedendo e deixando que eles dessem a fórmula, ele mamava de 3 em 3h a fórmula, com isso, meu marido decidiu que eu deveria ir dormir e ele ficava com o Arthur, no início eu não queria, mas por fim aceitei, estava morta de cansaço, a cirurgia ainda doía um pouco, deitei na cama e tentei dormir o máximo possível.
Meu marido passava a noite com o Arthur, e eu o dia, enquanto ele dormia, com o tempo o leite começou a descer, era muito e empedrou (mulher sofre, g-sus), para melhorar a situação, o bico ainda estava machucado, eu tirava com a bomba e dava pro Arthur na mamadeira. Quando o bico parecia um pouco melhor, decidi que era hora dele parar com a mamadeira e ficar com a amamentação exclusiva, ai é que começaria o meu tormento! Ele não queria pegar no peito, chorava, ia ficando vermelho, parecia q estava perdendo o folego, com isso, acabava dando a mamadeira.

Com mais ou menos 1 semana de pós-parto, tive uma crise de ansiedade, pânico, juntou tudo: 1° que eu não tinha conseguido o parto que eu queria (normal), não estava conseguindo amamentar meu próprio filho, ele não se acalmava comigo, mas era meu marido pegar, que ele ficava quieto na hora, eu achava que o Arthur tinha um vínculo muito mais forte com o pai, do que comigo, saudades da família, queria pegar o 1° avião e ir pro Brasil, pro colo da minha mãe. Quando ia anoitecendo, eu começava a ficar agitada, angustiada, pq sabia que o Arthur iria acordar e só ir dormir lá pelas 7h. Crises de choro, tive muitas, chorei conversando com o marido, chorei com a minha mãe no Skype, chorei sozinha no banheiro, eu só queria sumir, acordar, estava feliz com a maternidade, com meu filho, mas naquele momento, eu só queria que tudo passasse!

Dias depois, conversando com a minha mãe no MSN, ela disse que o Arthur iria mamar no peito naquele dia, eu queria muito acreditar, mas estava um tanto quanto cética, coloquei o bico de silicone e dps de algumas tentativas, ele acabou mamando com o bico, 1° o peito esquerdo e dps o direito, com isso, minha auto-estima foi nas nuvens e voltou, mas ele ainda birgava pra mamar no peito, era uma pequena luta, ele chorava, esperneava, mas decidi não desistir, dava de mamar deitada na cama e com o bico de silicone. Um certo dia, decidi dar de mamar sentada e sem o bico, e não é que ele mamou? 

Mamando no peito com 8 dias
No começo foi dolorido, mas eu nem me importava mais com a dor, a maior recompensa, era que eu estava amamentando meu filho, isso valia toda e qualquer dor do mundo!!! Noites mal dormidas, cansaço, aflição, os primeiros dias, o primeiro mês, realmente é punk, todo mundo fala que passa, mas quando você esta vivendo aquele momento, parece que não vai passar nunca, meu marido e eu ficavamos contando os dias, rsrs: ele tá com 17 dias, 20, 25.

Hoje, depois de 1 mês, o desespero inicial passou, mas ai vem outros desafios e recompensas: dormir 4-5h direto por noite,  o pico do crescimento, que fez o Arthur por 1 semana, acordar de hora em hora, os sorrisos, o choro de sono, mas lutando contra ele pra ñ dormir.

Cada dia é uma aventura, uma descoberta, uma alegria, agora é esperar os dias seguintes e ver que o que nos aguarda!
 

domingo, agosto 22, 2010

Relato do Parto do Arthur

Depois de 1 mês após o parto, eu tomei vergonha na cara e decidi voltar a escrever no blog, contar como foi o parto do Arthur.

Eu estava com 41sem + 1 dia de gestação, e nada  do Sr Arthur mostrar que gostaria de vir ao mundo. No dia 21/07, fui ao hospital fazer o cardiotoco e uma US com Perfil Biofísico Fetal, tudo certo no cardiotoco, mandaram o resultado da ultra pro médico, logo depois uma enfermeira chama eu e o meu marido e diz: O Dr. Yerovi no telefone, que falar com vcs. Nossa, eu fiquei pasma, comecei a rir (de nervoso, é claro!)  e dei o telefone pro meu marido. Sabia que mais cedo ou mais tarde eu iria ter q 'parir', afina já eram 41sem, mas eu contava com a indução do parto para o fim de semana, não para aquele dia!

Ele falou com o médico e colocou o fone perto pra eu ouvir, disse que o líquido aminiótico tinha dado uma diminuída (dps fiquei sabendo q foi pra 7.5cm) e que não era prudente esperar mais, pedoi pra gente voltar naquela noite, ele queria começar a indução do parto às 22h. Eu e meu marido viemos pra casa que nem 2 retardados, ligamos pros padrinhos do Arthur, pros meus sogros, pedimos comida pelo telefone no carro, meu marido nervoso, me perguntou 4x o que eu queria comer! Chegamos em casa, arrumamos as últimas coisas, falamos com a minha sogra, mandei mensagem pra minha mãe e fomos rumo ao hospital, chegamos lá às 20:30, e a enfermeira ainda perguntou pq ñ fomos mais tarde (pq dps q vc interna, só pode comer pedrinhas de gelo, nada de água e comida). Troquei de roupa, me colocaram no soro, enquanto isso fiquei no Skype conversando com a minha mãe, um médico veio e deu o toque, 2cm de dilatação, me animei toda, e nem estava na ocitocina ainda!

Colocaram a ocitocina pra correr devagarzinho, comecei a sentir um incomodozinho nas costas e achei: Ah, isso não é nada, beleza, a enfermeira passou e disse pra eu tentar dormir antes das dores ficarem incomodas, que eu precisava descansar, mas quem disse que eu conseguia? Quando deu mais ou menos 1h-2h, nem sei pq perdi a noção do tempo, a coisa foi ficando feia...rs... eu conversava com meu marido, fazia respiração, não conseguia dormir, às 3:50 meu GO passou e deu o toque, bem no meio de uma p**ta contração e perguntou também se podia romper a bolsa, eu só lembro que disse: FAZ QUALQUER COISA! Nem sei se a roptura doeu, pq eu estava era concentrada na contração (rs), eu ñ sou de reclamar de dor, mas nessa hora chorei, meu marido percebeu que a coisa tava feia, rs, pq antes, mesmo com dor eu ‘estava tentando’ levar na esportiva, só pensava que dali há umas horas iria conhecer a pessoa que iria mudar minha vida pra sempre! Depois do toque maledetto, ele constatou q estávamos com 3 pra 4cm de dilatação, esqueci da dor e só ñ pulei da cama por causa da medicação, rsrs, ele disse que eu já podia tomar a Epidural, as 4h a anestesista chegou e fez o procedimento.  

Consegui dar uma dormida, as 10h meu GO passou e deu o toque, a essa altura eu nem ligava mais, ñ sentia nada por causa da anestesia, ele deu o toque e nada tinha mudado, continuava com 3-4cm, mais de 6h na indução e não passou disso! Ele pediu desculpa disse que teríamos que ir pra Cesárea, eu e meu marido comentamos que o peso do Arthur na US apresentava mais ou menos 4.5kg, ele foi checar e voltou dizendo q a cesárea era a única opção mesmo: sem dilatação, o bebê podia ser grande e a minha pelves era pequena, chorei tanto, queria mto um PN, mas nessa altura o que importava era que meu filho chegasse a esse mundo saudável. Nisso minha pressão que nunca foi mto alta, despencou de vez, chegando a ir a 8x5, o anestesista perguntando se eu queria continuar com uma outra dose da epidural ou se preferia a da espinha, e eu lutando pra manter os olhos abertos, só perguntava pro meu marido: O que você acha? Como se fosse ele prestes a ir pra faca (rs), mas é que ele faz medicina. Acabei optando pela ‘anestesia da espinha’.  

A enfermeira veio pra fazer a tricotomia, se deu mal, eu já tinha ‘rapado’ tudo (rs), sempre tinha feito isso, e tinha que estar apresentável no parto tbm né. Fui pro centro cirúrgico nem sei que horas eram, levei a anestesia, o anestesista disse q eu teria um certo desconforto pra respirar, mas eu nñ sabia que seria tanto, e tão RUIM, ele colocou akele tubinho de oxigênio e nada, colocou na máscara e mesmo assim nada mudou, continuava com a respiração curta, uma sensação de que iria morrer sufocada, e eu só pensava: Deus, me ajuda, eu quero ver meu filho! Meu marido entrou no CC e deve ter se desesperado ao me ver lá com a máscara de oxigênio, mas o anestesista explicou que a anestesia tinha afetado um pouco meu diafragma, mas que meus sinais vitais estavam todos ótimos, só eu tinha a sensação de que estava morrendo!
Só sei que do nada comecei a respirar melhor e ouvi o melhor som do mundo, o choro do meu filho! Eu nem sabia que horas eram, só tomei conhecimento de q eram 13:17, porque me disseram, me trouxeram pra vê-lo, meu marido foi atras pra vê-lo recebendo os primeiros cuidados, eu lá na sala sendo ‘costurada’ e o pessoal perguntando pro meu médico se eu tive diabetes gestacional, ou algum outro problema, pq eu mto magra e o bebê bem gordinho, só ñ ri pq não podia.

Fui pro quarto, meu marido ja estava lá, me mostrou as dezenas de fotos que tirou do nosso lindo, dps de 3-4h ele foi pro quarto, um amorzinho. Pra fechar, o Arthur nasceu no dia 22-07-2010 às 13:17, pesando 4160kg e 51cm, recebemos alta no dia 24-07, 2 dias depois.