domingo, agosto 22, 2010

Relato do Parto do Arthur

Depois de 1 mês após o parto, eu tomei vergonha na cara e decidi voltar a escrever no blog, contar como foi o parto do Arthur.

Eu estava com 41sem + 1 dia de gestação, e nada  do Sr Arthur mostrar que gostaria de vir ao mundo. No dia 21/07, fui ao hospital fazer o cardiotoco e uma US com Perfil Biofísico Fetal, tudo certo no cardiotoco, mandaram o resultado da ultra pro médico, logo depois uma enfermeira chama eu e o meu marido e diz: O Dr. Yerovi no telefone, que falar com vcs. Nossa, eu fiquei pasma, comecei a rir (de nervoso, é claro!)  e dei o telefone pro meu marido. Sabia que mais cedo ou mais tarde eu iria ter q 'parir', afina já eram 41sem, mas eu contava com a indução do parto para o fim de semana, não para aquele dia!

Ele falou com o médico e colocou o fone perto pra eu ouvir, disse que o líquido aminiótico tinha dado uma diminuída (dps fiquei sabendo q foi pra 7.5cm) e que não era prudente esperar mais, pedoi pra gente voltar naquela noite, ele queria começar a indução do parto às 22h. Eu e meu marido viemos pra casa que nem 2 retardados, ligamos pros padrinhos do Arthur, pros meus sogros, pedimos comida pelo telefone no carro, meu marido nervoso, me perguntou 4x o que eu queria comer! Chegamos em casa, arrumamos as últimas coisas, falamos com a minha sogra, mandei mensagem pra minha mãe e fomos rumo ao hospital, chegamos lá às 20:30, e a enfermeira ainda perguntou pq ñ fomos mais tarde (pq dps q vc interna, só pode comer pedrinhas de gelo, nada de água e comida). Troquei de roupa, me colocaram no soro, enquanto isso fiquei no Skype conversando com a minha mãe, um médico veio e deu o toque, 2cm de dilatação, me animei toda, e nem estava na ocitocina ainda!

Colocaram a ocitocina pra correr devagarzinho, comecei a sentir um incomodozinho nas costas e achei: Ah, isso não é nada, beleza, a enfermeira passou e disse pra eu tentar dormir antes das dores ficarem incomodas, que eu precisava descansar, mas quem disse que eu conseguia? Quando deu mais ou menos 1h-2h, nem sei pq perdi a noção do tempo, a coisa foi ficando feia...rs... eu conversava com meu marido, fazia respiração, não conseguia dormir, às 3:50 meu GO passou e deu o toque, bem no meio de uma p**ta contração e perguntou também se podia romper a bolsa, eu só lembro que disse: FAZ QUALQUER COISA! Nem sei se a roptura doeu, pq eu estava era concentrada na contração (rs), eu ñ sou de reclamar de dor, mas nessa hora chorei, meu marido percebeu que a coisa tava feia, rs, pq antes, mesmo com dor eu ‘estava tentando’ levar na esportiva, só pensava que dali há umas horas iria conhecer a pessoa que iria mudar minha vida pra sempre! Depois do toque maledetto, ele constatou q estávamos com 3 pra 4cm de dilatação, esqueci da dor e só ñ pulei da cama por causa da medicação, rsrs, ele disse que eu já podia tomar a Epidural, as 4h a anestesista chegou e fez o procedimento.  

Consegui dar uma dormida, as 10h meu GO passou e deu o toque, a essa altura eu nem ligava mais, ñ sentia nada por causa da anestesia, ele deu o toque e nada tinha mudado, continuava com 3-4cm, mais de 6h na indução e não passou disso! Ele pediu desculpa disse que teríamos que ir pra Cesárea, eu e meu marido comentamos que o peso do Arthur na US apresentava mais ou menos 4.5kg, ele foi checar e voltou dizendo q a cesárea era a única opção mesmo: sem dilatação, o bebê podia ser grande e a minha pelves era pequena, chorei tanto, queria mto um PN, mas nessa altura o que importava era que meu filho chegasse a esse mundo saudável. Nisso minha pressão que nunca foi mto alta, despencou de vez, chegando a ir a 8x5, o anestesista perguntando se eu queria continuar com uma outra dose da epidural ou se preferia a da espinha, e eu lutando pra manter os olhos abertos, só perguntava pro meu marido: O que você acha? Como se fosse ele prestes a ir pra faca (rs), mas é que ele faz medicina. Acabei optando pela ‘anestesia da espinha’.  

A enfermeira veio pra fazer a tricotomia, se deu mal, eu já tinha ‘rapado’ tudo (rs), sempre tinha feito isso, e tinha que estar apresentável no parto tbm né. Fui pro centro cirúrgico nem sei que horas eram, levei a anestesia, o anestesista disse q eu teria um certo desconforto pra respirar, mas eu nñ sabia que seria tanto, e tão RUIM, ele colocou akele tubinho de oxigênio e nada, colocou na máscara e mesmo assim nada mudou, continuava com a respiração curta, uma sensação de que iria morrer sufocada, e eu só pensava: Deus, me ajuda, eu quero ver meu filho! Meu marido entrou no CC e deve ter se desesperado ao me ver lá com a máscara de oxigênio, mas o anestesista explicou que a anestesia tinha afetado um pouco meu diafragma, mas que meus sinais vitais estavam todos ótimos, só eu tinha a sensação de que estava morrendo!
Só sei que do nada comecei a respirar melhor e ouvi o melhor som do mundo, o choro do meu filho! Eu nem sabia que horas eram, só tomei conhecimento de q eram 13:17, porque me disseram, me trouxeram pra vê-lo, meu marido foi atras pra vê-lo recebendo os primeiros cuidados, eu lá na sala sendo ‘costurada’ e o pessoal perguntando pro meu médico se eu tive diabetes gestacional, ou algum outro problema, pq eu mto magra e o bebê bem gordinho, só ñ ri pq não podia.

Fui pro quarto, meu marido ja estava lá, me mostrou as dezenas de fotos que tirou do nosso lindo, dps de 3-4h ele foi pro quarto, um amorzinho. Pra fechar, o Arthur nasceu no dia 22-07-2010 às 13:17, pesando 4160kg e 51cm, recebemos alta no dia 24-07, 2 dias depois.

 




2 comentários:

  1. Dois guerreiros, vc e ele. Arthurzinho já tá mostrando que veio pra ser grande [e ñ tô falando só da altura, rsrs].

    Parabéns pra ele nesse priemiro mês de vida... e um parabéns a mais pra ti pra cada vez q ele abrir os olhinhos, e iluminar a tua vida e a do maridex.
    Beijo pros três.

    ResponderExcluir
  2. Olá, Gleice
    Achei seu blog por acaso...
    Que lindo relato do parto, parabéns pela chegada do baby. Muita saúde e felicidades para vcs.

    Abçs,
    Iana

    ResponderExcluir